Temperos para se plantar em casa: Manjericão



Estamos começando hoje uma série que pretende mostrar coisas simples que a natureza nos oferece e que você pode ter em casa. Iremos começar pelos temperos. Então, com vocês o Manjericão.
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Ocimum
Espécie: O. basilicum


O manjericão (também chamado de alfavaca, alfavaca cheirosa ou basilicão) é uma planta perene que mede aproximadamente 60 cm de altura, sendo originária da Ásia e África. O manjericão é uma planta herbácea, aromática e medicinal, conhecida desde a antiguidade pelos indianos, gregos, egípcios e romanos. Ele é envolto de cultura espiritual e simbologismos, sendo, inclusive, considerado sagrada entre alguns povos hindus, por representar Tulasi, esposa do deus Vishnu. Está relacionado com sentimentos de ódio, amor e luto, mas com certeza é mais amplamente conhecido pelos seus poderes culinários.

É uma planta conhecida pelos seus galhos com muitas ramificações, com suas folhas postas, com um formato oval, e pela sua cor verde clara. O manjericão tem flores brancas e um pouco rosadas. Uma das características das suas flores é a sua disposição tipo espiga. As suas sementes são pequenas e pretas. É usual serem retiradas as suas primeiras florações para aumentar o número de folhas e o ciclo da planta.

Culinária:

O manjericão é usado, principalmente, em molhos para massas e carnes, e no tempero de omelete, frango e salada. O manjericão é uma erva altamente nutritiva. Ele fornece cerca de 20 calorias por 100 gramas de seu consumo. Contém óleos essenciais, fornece aroma calmante e benefícios à saúde. Ele é uma fonte de fibra dietética, de proteína e contém principalmente água. Várias vitaminas como a vitamina A, vitamina B, vitamina C, vitamina E e vitamina K podem ser encontradas na mesma. Manjericão é também uma boa fonte de minerais, como zinco, cálcio, manganês, magnésio, ferro e potássio.

Variedades:

Existem entre 50 e 150 espécies diferentes de manjericão. Nem todas são comestíveis, mas algumas dezenas disso tudo são muito apreciadas na culinária.




Manjericão Miúdo (1): Tem folhas bem pequenas e delicadas flores brancas. Um sabor suave e delicioso. Eu fiquei com a língua levemente dormente depois de comer algumas folhinhas cruas.

Manjericão Comum ou Manjericão alfavaca (2): É um dos tipos mais fáceis de encontrar aqui no Brasil. A folha tem uma espessura fina e o sabor é de média intensidade. Igualmente delicioso. Este e o italiano são os mais conhecidos para fazer um bom molho pesto.
Manjericão Thai Sweet (3): De origem tailandesa, esse manjericão é intenso, com característico sabor e odor de anis. Refrescante, folhas mais carnudas que o manjericão comum. Floresce relativamente cedo, lindas flores roxas com branco. Comprei as sementes no Rare Seeds e todas germinaram super bem no RS.

Manjericão roxo (4): Suave e com fraco aroma. Ótimo para usar na decoração de pratos, já que a tonalidade arroxeada dá uma graça extra
Manjericão italiano (5): Odor intenso, folhas de espessuras mais grossa que o comum e curvadas. Levemente amargo quando cru e com leve sabor de cravo.

Cultivo:



Clima: o clima preferencial do manjericão é o clima subtropical, que se caracteriza por ser quente e úmido, pois esta é uma planta sem resistência a geadas. Em regiões em que o clima quente predomina, pode ser cultivado o ano todo.

Luminosidade: para florescer e revelar todo o seu esplendor, esta planta necessita de sol pleno. Além da temperatura, o manjericão precisa ser plantado em lugar com alta luminosidade, onde fique exposto a, pelo menos, 3 horas de sol por dia.

Solo: o solo ideal para o manjericão tem que ser abundante em matéria orgânica. Para obter um solo propício para a plantação da planta, são 3 Kg/m2 de composto orgânico.
O solo em que a muda for plantada deve receber irrigação diária e moderada.
 
Propagação: para a reprodução da planta, é necessário retirar alguns galhos e deixá-los mergulhados em água até surgirem raízes, altura em que se deve retirar os galhos da água e proceder à sua plantação.
O manjericão precisa ser cultivado em lugares com temperatura superior a 18°C.

Plantio: é necessário terra afofada e fértil (adubada). As sementes devem ser plantadas a pouca profundidade, cerca de 1 cm, contendo duas ou três sementes por buraco. O local para plantio (vaso, sementeira, solo) deve receber pelo menos quatro horas diárias de sol, pois o manjericão se dá muito bem com esta luz natural.
Regas: não são necessárias diariamente, afinal, o excesso de água pode encerrar a vida de nosso queridão manjericão. Sendo assim, devem ser efetuadas a cada dois ou três dias, ou então, quando a terra da parte superior estiver seca.


Adubação: a cada 40 dias é recomendada e necessária, podendo ser feita com cerca de 2 colheres de sopa bem cheias de húmus de minhoca. Dê uma afofada na camada superficial, espalhe o húmus e regue em seguida.

Vale lembrar que o manjericão não resiste a geadas, que gostam muito de sol e se adaptam bem em climas tropicais ou subtropicais. Caso o clima esteja frio ou chuvoso, observe o solo e diminua a quantidade de água.


Poda: é uma parte fundamental para o crescimento e desenvolvimento do manjericão. E é aqui que muitas pessoas acabam perdendo seu manjericão devido a falta de poda ou forma errônea de realizá-la. É necessário sempre (e aqui destacamos o sempre) cortar as flores do manjericão, pois isso mantém a planta jovem e saudável por mais tempo e ainda preserva o sabor das folhas. Pelo fato de flores funcionarem como um dreno nas plantas, acabam consumindo muita energia, por isso faz-se necessário a retirada das mesmas.


Recomenda-se que as folhas sejam colhidas quando a planta atingir 1,2 metro de altura. Isso ocorre geralmente após 60 dias do plantio. Porém, a primeira colheita é indicada somente após três meses de plantio.



Propriedades medicinais:

Na medicina tradicional, é usado como planta medicinal. As suas folhas e flores são utilizadas no preparo de chás, por suas propriedades tônicas e digestivas, sendo indicados ainda para problemas respiratórios e reumáticos.
O óleo essencial de manjericão (menos de 1%) tem uma composição complexa e variável, segundo o clima, o solo, a época da colheita, etc. Os mais importantes componentes aromáticos são cineol, linalol, citral, estragol, eugenol e cinamato de metila, embora não necessariamente nessa ordem. Outros monoterpenos (ocimeno, geraniol, cânfora), sesquiterpenos (bisaboleno, cario­fileno) e fenilpropanóides (metil eugenol) podem estar presentes, em concentrações variáveis, com forte influência sobre o sabor. 
As vitamina A e C são algumas das vitaminas mais abundantes na folha do manjericão. Sendo indicadas para o ardor ao urinar. As suas folhas são também fantásticas para produzir compressas, que devem ser aplicadas nos mamilos doloridos das lactantes. Outra das características da folha do manjericão é o auxílio à boa circulação e dores reumáticas, sendo também bom para tosse e resfriados. O manjericão favorece igualmente a digestão e reduz a fadiga. Uma outra utilidade que é reconhecida ao manjericão é o seu uso em pomadas antibacterianas.


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Fontes:
http://revistagloborural.globo.com
https://casa.abril.com.br
http://www.jardineiro.net
https://pt.wikipedia.org
https://blog.plantei.com.br 
http://comofazerhorta.com.br/

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