Um gêmeo siamês é uma condição muito rara de se encontrar na natureza. Normalmente os animais que nascem assim costumam ter maior dificuldade para se locomover ou para se alimentar, e em alguns casos há malformação de órgãos.
Porém, eles podem receber maior atenção de cuidadores em cativeiro, o que costuma prolongar bastante a vida deles. Esse é o caso de Janus, uma tartaruga de duas cabeças que completou 25 anos recentemente.
Personalidade dupla
Janus é uma tartaruga grega (Testudo graeca) que reside no Museu de História Natural de Genebra. Ele se tornou uma de suas principais atrações e tem um tratamento especial devido à sua condição.
A tartaruga é banhada diariamente em chá verde e camomila e recebe massagens regularmente. Janus também conta com uma dieta especial a base de frutas e vegetais orgânicos cortados, e seu estado de saúde é monitorado constantemente. Tudo isso é feito para que Janus tenha uma vida prolongada. Na natureza, a tartaruga grega pode passar dos 100 anos. Janus, porém, só está vivo porque vive em um cativeiro.
A equipe do museu precisa monitorar Janus constantemente, seja para verificar qualquer alteração no seu estado de saúde ou para o caso dele capotar. Essa posição impossibilita voltar a ficar de pé, o que pode ser fatal.
A tartaruga nasceu no museu, em 1997, e recebeu o nome de Janus como uma referência ao deus romano Jano, que possui duas faces.
Outros casos
Em 2021, um técnico do Departamento de Recursos Naturais de Barnstable, Massachusetts, encontrou um cágado-diamante com duas cabeças e seis pernas em um ninho. Para garantir que o animal pudesse sobreviver, o técnico o levou para o Birdsey Cape Wildlife Center, uma instituição que oferece tratamento para animais selvagens, e chamou uma cabeça de Mary-Kate e a outra de Ashley.
Assim como Janus, o cágado encontrado é um caso de bicefalia. Normalmente, o embrião se divide resultando em gêmeos idênticos, mas em casos de bicefalia o embrião se divide apenas parcialmente.
Esse tipo de situação, que pode acontecer em outros animais, inclusive nos humanos, pode resultar de fatores genéticos ou ambientais que surgem durante o desenvolvimento do embrião. Estudos sugerem que esta é uma condição muito rara, que costuma acontecer em 1 a cada 100.000 nascimentos.
Fonte: https://www.megacurioso.com.br/