Classificação:
Reino: | Plantae |
Divisão: | Magnoliophyta |
Classe: | Liliopsida |
Ordem: | Poales |
Família: | Cyperaceae |
Género: | Cyperus |
Espécie: | C. rotundus |
Etimologia:
Descrição:
![](https://2.bp.blogspot.com/-srECCrseamY/WbaxMQR-sCI/AAAAAAAANbs/MFKPtIbSE_k4JUWqA6gDCveyP7L1G78BgCEwYBhgL/s320/Nutgrass_Cyperus_rotundus02.jpg)
No Brasil, ocorre praticamente em toda a extensão territorial.
Com enorme capacidade de multiplicação, Cyperus rotundus pode formar até 40 toneladas de matéria vegetal por hectare. Para isso, extrai o equivalente a 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare, calculados para 30 toneladas de massa vegetal.
Cyperus rotundus é uma planta perene, com reprodução por sementes, mas proporcionalmente pouco significativa, pois menos de 5% das sementes formadas são viáveis. A principal multiplicação é por tubérculos e bulbos subterrâneos. Em temperatura baixa, o seu desenvolvimento e multiplicação se dão com lentidão. Temperatura elevada é muito bem tolerada; na verdade não se conhece outra espécie vegetal que tolere temperaturas mais altas que Cyperus rotundus. Sua capacidade de sobrevivência em condições adversas é enorme. Períodos prolongados de seca ou inundação do terreno são suportados. Os tubérculos perdem a viabilidade se dessecados e o revolvimento do solo em época seca ajuda a diminuir o número de tubérculos viáveis na área. A parte aérea é sensível a sombreamentos, podendo-se até eliminá-la com sombreamento prolongado. A fotossíntese é efetuada pelo ciclo C4, altamente eficiente em regiões quentes.
Cyperus rotundus é uma planta herbácea com porte entre 15–50 cm nas condições brasileiras. Pelo intenso desenvolvimento de cadeias de pseudo-tubérculos no solo formam-se clones de considerável tamanho. Dos bulbos basais e tubérculos de tiririca formam-se extensos sistemas de rizomas que se desenvolvem horizontalmente e verticalmente que podem se aprofundar até 40 cm. Os rizomas em si não tem gemas, mas de espaço a espaço ocorre uma hipertrofia, semelhante a um tubérculo, no qual ocorrem gemas. Durante os primeiros meses de formação das plantas, o sistema vascular é contínuo através de rizomas e hipertrofias. Em plantas mais velhas, a continuidade dos rizomas é interrompida, o que explica a dificuldade de translocação de herbicidas sistêmicos. Quando os rizoma são rompidos naturalmente ou quando ocorre movimentação do solo causando corte dos mesmos, as gemas adicionais são estimuladas, causando alastramento da invasora. A maioria das hipertrofias que são responsáveis pela formação dos tubérculos se encontra a menos de 15 cm de profundidade, mas algumas podem ser encontradas até 30 ou 40 cm. Num hectare altamente infestado, podem ser encontradas dezenas de milhões de hipertrofias, sendo comum ocorrerem de 2 000 a 4 000 emergências por metro quadrado.
Distribuição: É uma das espécies vegetais com maior distribuição no mundo, presente em 92 países, som os mais variados tipos de clima e solo; no Brasil ocorre em todo o território, infestando as culturas mais importantes.
Caule: Triangulado, de superfície lisa e coloração verde ou verde-amarelada.
Flores: Presente nas espiguetas, variando em número de 10 a 40.
Importância Agrícola: Tida como a mais importante invasora do mundo, devido à capacidade de competição e agressividade, bem como pela dificuldade de controle e erradicação; possui efeito alelopático, afetando a germinação, a brotação e o desenvolvimento de outras espécies, além de servir de hospedeira para fungos e nematóides.
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