A mangaba é o fruto da mangabeira, árvore rústica que pode chegar a dez metros de altura e é típica do bioma Caatinga, mas também pode ser encontrada em fisionomias do Cerrado. Também bastante comum no litoral do Nordeste, a mangaba tem, nessa região, sofrido com o desmatamento da vegetação nativa para dar lugar a plantações de cana-de-açúcar e a empreendimentos imobiliários, correndo risco de desaparecer dessa faixa de terra.
DIVISÃO: |
Angiospermae
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CLASSE:
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Eudicotyledoneae
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FAMÍLIA: | Apocynaceae |
GÊNERO:
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Hancornia
|
ESPÉCIE:
|
H. speciosa
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Sua copa larga e arredondada forma boas áreas de sombra nos períodos em que floresce e frutifica. A espécie tolera a seca e se desenvolve bem em solos ácidos e pobres em nutrientes. Como parte das plantas deste bioma, possui tronco tortuoso com casca rugosa e áspera. O fruto pequeno tem um formato similar ao da pêra, polpa branca, cremosa e suculenta, ligeiramente ácida e leitosa, motivo pelo qual seu nome, de origem tupi-guarani, significa “coisa boa de comer”. As sementes achatadas e arredondadas ficam no interior da polpa.
A mangaba é rica em vitamina C, mais do que outras frutas mais ácidas. Possui teor de proteína que varia entre 1,3 e 3%. Sua polpa pode ser consumida madura in natura e é matéria-prima para produção de deliciosos produtos beneficiados como geleias, compotas, sorvetes, licores, vinho, entre outros. O tronco e as folhas da mangabeira ainda fornecem um látex conhecido como “leite da mangaba”. Tal leite tem propriedades medicinais, sendo utilizado no combate a tuberculose e para o tratamento de úlceras. Na segunda guerra mundial, seu látex era utilizado na fabricação de borracha.
A mangabeira começa a frutificar a partir dos três anos de idade. De modo geral, as flores aparecem principalmente de agosto
a novembro, mas muitas florescem antes do tempo. Por esse motivo, há
frutos nas árvores praticamente o ano todo, dependendo da região. Porém,
a maior parte da produção de frutos ocorre entre outubro e abril
- Tipos de solo
A espécie tolera a seca e se desenvolve bem em solos ácidos e pobres em nutrientes.
- Cultivo
"A mangabeira é uma árvore muito rústica. Ela produz muito bem em solo arenoso, que é um solo muito pobre. Ela não é exigente em nutriente. Também são poucos os traços culturais, basta uma limpeza do terreno para se ter uma boa produção" - explicou o agrônomo da Embrapa, Josué Silva Júnior.
A lagarta pode ser controlada até mesmo com a catação manual.
O principal problema das mudas é a antracnose. Ela provoca uma queima generalizada nas mudas e chega a matar as mudas. Uma forma de contornar o problema é produzir as mudas durante o período seco porque essa doença ocorre, principalmente, devido à alta umidade.
Para proteger melhor a muda, pode-se fazer uma mini-estufa. Um viveiro coberto protege as folhas da chuva e diminui o risco de ataque da antracnose.
Tradicionalmente, seus frutos são colhidos no chão, após cairem naturalmente do pé, sinal de que estão bem maduras.
Ela é mais utilizada em suco e sorvete porque trata-se de uma fruta muito perecível. Então, a exploração comercial deve envolver sempre a questão do congelamento
Na segunda guerra mundial, seu látex era utilizado na fabricação de borracha.
É empregada como medicinal e na fabricação de doces, sorvetes, geléias e licores, tanto artesanais como industriais, sendo uma das espécies nativas de importância para o fomento de uma economia baseada na utilização e conservação de recursos naturais do Cerrado.
O relatório técnico de Planejamento para Conservação de Áreas do Parque Estadual do Jalapão (Tocantins), realizado pela TNC-Brasil ( The Nature Conservancy, 2008), inclui a mangaba entre os alvos para conservação, estando entre as espécies vegetais mais utilizadas pela comunidade do Jalapão, juntamente com capim-dourado, buriti, jatobá, pequi, cajuzinho, buritirana, puçá e piaçaba.
Na região de Balças (MA) a mangaba integra uma lista de espécies indicadas para o aproveitamento econômico de reservas legais de propriedades rurais do Cerrado.
- Pragas / Doenças
A lagarta pode ser controlada até mesmo com a catação manual.
O principal problema das mudas é a antracnose. Ela provoca uma queima generalizada nas mudas e chega a matar as mudas. Uma forma de contornar o problema é produzir as mudas durante o período seco porque essa doença ocorre, principalmente, devido à alta umidade.
Para proteger melhor a muda, pode-se fazer uma mini-estufa. Um viveiro coberto protege as folhas da chuva e diminui o risco de ataque da antracnose.
COLHEITA:
Tradicionalmente, seus frutos são colhidos no chão, após cairem naturalmente do pé, sinal de que estão bem maduras.
Utilização:
A mangaba é uma fruta que deve ser direcionada para a indústria. Ela é muito utilizada como suco e como sorvete.Ela é mais utilizada em suco e sorvete porque trata-se de uma fruta muito perecível. Então, a exploração comercial deve envolver sempre a questão do congelamento
Na segunda guerra mundial, seu látex era utilizado na fabricação de borracha.
É empregada como medicinal e na fabricação de doces, sorvetes, geléias e licores, tanto artesanais como industriais, sendo uma das espécies nativas de importância para o fomento de uma economia baseada na utilização e conservação de recursos naturais do Cerrado.
O relatório técnico de Planejamento para Conservação de Áreas do Parque Estadual do Jalapão (Tocantins), realizado pela TNC-Brasil ( The Nature Conservancy, 2008), inclui a mangaba entre os alvos para conservação, estando entre as espécies vegetais mais utilizadas pela comunidade do Jalapão, juntamente com capim-dourado, buriti, jatobá, pequi, cajuzinho, buritirana, puçá e piaçaba.
Na região de Balças (MA) a mangaba integra uma lista de espécies indicadas para o aproveitamento econômico de reservas legais de propriedades rurais do Cerrado.
Entre 14 possíveis
formas de utilização, são atribuídas quatro para a mangaba: melífera,
alimentícia, medicinal e alimentícia para a fauna silvestre.
No norte de Minas Gerais, região do Grande Sertão , a polpa da mangaba, bem como de outras espécies nativas, é comercializada por produtores e cooperativas rurais.
Os produtos do Cerrado são um importante componente da economia local, contribuindo na renda de milhares de famílias, como as 1500 congregadas na Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativista Grande Sertão (MG), de Montes Claros (grandesertao@caa.org.br).
A árvore, pelo porte e forma da copa pode ser utilizada na arborização de ruas estreitas.
Além de dispostas favoravelmente pela natureza, há séculos os povos do sertão cultivam a mangabeira, inclusive associada com outras espécies.
Os naturalistas Spix e Martius, passando em 1818 pela bacia hidrográfica do rio Urucuia, importante cenário do romance Grande sertão: veredas, fazem o seguinte relato " A mangabeira [...] aparece daqui em diante, cada vez em maior número, nas regiões quentes e secas do sertão, e é cultivada, não raro, como nas províncias da Bahia, Pernambuco e Ceará, junto com a goiabeira e o ananás. ".
Sua reprodução pode ser feita por meio de sementes ou pelo método de enxertia
Segundo o agrônomo Josué Silva Júnior, da Embrapa, um dos segredos para a produção da muda de mangaba é que as sementes não devem secar.
As sementes deverão ser muito bem lavadas porque ela não germina se for semeada ainda com a polpa. Para retirar a polpa, deve-se passá-la na peneira com água e esfregar bem.
Pode-se colocá-las em uma sombra, sobre uma folha de papel, de um a quatro dias, sem deixar que elas sequem. Elas devem ser semeadas ainda úmidas. Se secar, a semente de mangaba não germina.
Suas mudas apresentam melhor desenvolvimento em solos ácidos (pH entre 5,2 a 5,5), enquanto que em solos mais neutros o crescimento torna-se mais reduzido.
O plantio das sementes é feito em terra de barranco, sem adubo nem esterco.
A pessoa deve colocar quatro sementes por saquinho. Então faz pequenos furos com a profundidade de até um centímetro, no máximo, e colocá-se uma semente por cada buraco. Cobre com uma leve camada de terra e pronto.
http://www.tudosobreplantas.com.br
http://www.pro.casa.abril.com.brhttp://www.historia.uff.br
No norte de Minas Gerais, região do Grande Sertão , a polpa da mangaba, bem como de outras espécies nativas, é comercializada por produtores e cooperativas rurais.
Os produtos do Cerrado são um importante componente da economia local, contribuindo na renda de milhares de famílias, como as 1500 congregadas na Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativista Grande Sertão (MG), de Montes Claros (grandesertao@caa.org.br).
A árvore, pelo porte e forma da copa pode ser utilizada na arborização de ruas estreitas.
- Uso medicinal
Além de dispostas favoravelmente pela natureza, há séculos os povos do sertão cultivam a mangabeira, inclusive associada com outras espécies.
Os naturalistas Spix e Martius, passando em 1818 pela bacia hidrográfica do rio Urucuia, importante cenário do romance Grande sertão: veredas, fazem o seguinte relato " A mangabeira [...] aparece daqui em diante, cada vez em maior número, nas regiões quentes e secas do sertão, e é cultivada, não raro, como nas províncias da Bahia, Pernambuco e Ceará, junto com a goiabeira e o ananás. ".
- Contra-indicação
Reprodução:
Sua reprodução pode ser feita por meio de sementes ou pelo método de enxertia
Segundo o agrônomo Josué Silva Júnior, da Embrapa, um dos segredos para a produção da muda de mangaba é que as sementes não devem secar.
As sementes deverão ser muito bem lavadas porque ela não germina se for semeada ainda com a polpa. Para retirar a polpa, deve-se passá-la na peneira com água e esfregar bem.
Pode-se colocá-las em uma sombra, sobre uma folha de papel, de um a quatro dias, sem deixar que elas sequem. Elas devem ser semeadas ainda úmidas. Se secar, a semente de mangaba não germina.
Suas mudas apresentam melhor desenvolvimento em solos ácidos (pH entre 5,2 a 5,5), enquanto que em solos mais neutros o crescimento torna-se mais reduzido.
O plantio das sementes é feito em terra de barranco, sem adubo nem esterco.
A pessoa deve colocar quatro sementes por saquinho. Então faz pequenos furos com a profundidade de até um centímetro, no máximo, e colocá-se uma semente por cada buraco. Cobre com uma leve camada de terra e pronto.
Após o
enchimento dos sacos com o substrato, realiza-se o semeio, colocando-se
três a quatro sementes por saco e enterrando-as a 1 cm de profundidade.
Os sacos deverão ser colocados em canteiros com aproximadamente 1,2 m
de largura, com uma cobertura de palha a 2 m de altura. A emergência das
plantas inicia-se 21 dias após o semeio, estendendo-se por mais 30
dias. Sendo possível obter frutos com grau uniforme de maturação,
certamente a germinação e o desenvolvimento das mudas serão mais
uniformes.
Fig.1. Sementes em sacos plásticos com substrato. Foto: Ana da Silva Lédo
Fig.2. Germinação das sementes de mangaba. Foto: Ana da Silva Lédo
Quando
as plantas tiverem em torno de 7 cm de altura, realiza-se o desbaste,
deixando-se uma muda vigorosa em cada saco. Isso deverá ocorrer 60 dias
após o semeio. Após o desbaste, retira-se, gradativamente, a cobertura
de palha, até deixar as mudas completamente expostas ao sol, para
permitir a sua adaptação às condições naturais. As
mudas crescem de forma irregular, atingindo de 15 cm a 30 cm de altura
entre 4 a 6 meses após o semeio, quando então poderão ser levadas ao
campo.
Fig.3. Mudas de mangabeira em viveiro prontas para plantio no campo. Foto: Luis Carlos Nogueira
- Fontes:
http://www.tudosobreplantas.com.br
http://www.pro.casa.abril.com.brhttp://www.historia.uff.br
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