CLASSIFICAÇÃO:
DIVISÃO: |
Magnoliophyta
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CLASSE:
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Liliopsida
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ORDEM:
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Arecales
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FAMÍLIA:
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Arecaceae
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GÊNERO:
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Elaeis
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ESPÉCIE:
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E. guineensis
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etimologia:
O nome "Dendê" é oriundo do termo quimbundo ndénde, que significa "palmeira".
Origem:
Dela, extrai-se o azeite de dendê.
A palmeira chega a 15 metros de altura. Seus frutos são de cor alaranjada, e a semente ocupa totalmente o fruto. Seu rendimento é muito grande: produz 10 vezes mais óleo que a soja, 4 vezes mais que o amendoim e 2 vezes mais que o coco.
Da amêndoa do fruto, se extrai, também, um óleo usado em cosmética e na fabricação de chocolate.
plantio:
- Clima
Pluviosidade — Uma adequada disponibilidade de água no solo de forma constante é condição extremamente importante para o desenvolvimento e produção. O regime pluviométrico ideal caracteriza-se por uma precipitação média anual de 1 800 a 2 000 mm, com precipitações mensais sempre superiores a 100 mm, segurando boa distribuição ao longo do ano.
Luminosidade — Altos níveis de radiação solar são indispensáveis para o crescimento e produção. A isolação necessária para a expressão do potencial produtivo do dendezeiro, situa-se em torno de 1 800 horas/ano.
Temperatura — Fator importante na determinação do crescimento e produção, sendo observado que as maiores produções são obtidas em regiões com pequenas variações de temperatura e onde a média anual situa-se entre 25 e 27°C e sem ocorrência de temperaturas mínimas abaixo de 19°C por períodos prolongados.
- Solo
- Variedades
Dura - Apresenta casca com mais de 2 mm de espessura e fibras dispersas na polpa. Essa variedade é usada como planta feminina na produção de híbridos comerciais.
Psífera - Os frutos dessa variedade não possuem casca separando a polpa da amêndoa. Ela é usada como fornecedora de pólen na produção de híbridos comerciais.
Tenera - Apresenta espessura de casca inferior a 2 mm e um anel fibroso ao seu redor; é obtida através do cruzamento entre as variedades Duras e Psífera, sendo recomendada para plantios comerciais.
- Formação de mudas
O sucesso de um plantio comercial de dendezeiros comercias depende do material genético utilizado e do processo de formação de mudas, que compreende as seguintes etapas:
Pré-viveiro - tem início com a repicagem da semente pré-germinada para sacos semelhantes aos utilizados para mudas de cacau e tem normalmente a duração de quatro meses, obtendo-se ao final uma muda com quatro folhas lanceoladas.
Viveiro Feito - a céu aberto, localizado preferencialmente próximo a uma fonte abundante de água a fim de facilitar a irrigação. Os sacos plásticos utilizados no viveiro medem 40x40 centímetros com 0,002 milímetros de espessura, com capacidade para 20 a 25 kg de solode textura leve, areno-argiloso, ou denominado de solo "podzol" pois isso facilita a formação das raízes da plântula. O período de permanência no viveiro varia de 8 a dez meses e as mudas a serem levadas a campo apresentam uma altura de 80 a 120 cm e com 8 a 12 folhas funcionais.
Tratos culturais no viveiro - durante o período de formação das mudas são importantes ainda os tratos culturais: irrigação, adubação, eliminação de ervas daninhas e controles de pragas e doenças.
- Plantio definitivo
Preparo da área - Em função das características da vegetação (mata virgem, mata raleada, área degradada, plantação velha de dendê ou cultivo anual), da disponibilidade de equipamentos e de sistema de exploração, o preparo da área pode ser manual (broca, derruba, queima, abertura de linhas e pontos de plantio), mecanizado (derruba, queima e enleiramento, ou misto).
Plantio de leguminosa - Com o objetivo de proteger o solo, controlar ervas daninhas e fixar o nitrogênio, recomenda-se o plantio de uma cobertura verde que se estabeleça rapidamente, tenha pouca altura, não afete o sistema radicular do dendezeiro, ciclo vegetativo curto e baixo custo de implantação; neste caso a mais recomendável é o kudzú Pueraria phaseoloides.
- Espaçamento, coveamento e plantio
Tradicionalmente o dendezeiro é implantado no espaçamento de 9x9x9m em triângulo equilátero o que implica num espaçamento de 7,8m entre linhas e de 9m entre plantas na linha que deve estar orientada no sentido norte-sul para evitar sombreamento entre plantas; desta forma é possível colocar 143 plantas por hectare.
Abertura de covas - Deve ser feita manual e mecanicamente, nas dimensões de 40x40x40cm, separando-se a camada superficial do solo rica em matéria orgânica, para colocar no fundo quando do enchimento da cova.
Plantio de mudas - Deve ser feito em período chuvoso. O coleto (região entre a parte aérea e as raízes), deve ficar ao nível do solo; após o plantio é importante comprimir a terra em volta da planta.
- Tratos culturais no campo
Coroamento - Consiste em eliminar as plantas daninhas que crescem em volta do dendezeiro, mantendo limpa a área ao seu redor, evitando competição e proporcionando condições favoráveis ao desenvolvimento.
Roçagem - Nos primeiros anos, é necessário eliminar, periodicamente, a vegetação existente nas estrelinhas, visando facilitar o estabelecimento de leguminosas.
Adubação - A obtenção de altos rendimentos só é possível com a utilização racional de fertilizante, já que o dendezeiro requer cerca de 192,5 kg de nitrogênio, 26 kg de fósforo, 251,4 de potássio, 61,3 de magnésio e 99,3 de cálcio por ha/ano para o crescimento e produção de 25 toneladas de cachos por hectare/ano. Os métodos usados como guia para recomendação de adubação baseiam-se em:
Análise de solo - dá uma ideia da disponibilidade de nutrientes no solo;
Análise foliar - indica o estado nutricional da planta naquele momento e estabelecem níveis críticos para cada nutriente;
Experiências de adubação - através das quais é possível determinar as necessidades exatas para um determinado tipo de solo e sob quais as condições ambientais adequadas.
Controle de pragas - A principal praga do dendezeiro de importância econômica na Bahia é o Rhynchophorus palmarum, cujas larvas alimentam-se dos tecidos da estipe, fazendo galerias que podem provocar uma podridão interna; quando atinge o meristema provoca a morte da planta.
O Rhynchoprus palmarum é o principal vetor do nematoide causador da doença anel vermelho. O controle desta praga é feito com iscas armadilhas (pedaços de estipe do dendezeiro ou toletes de cana-de-açúcar) envenenadas com Furadan 350 SL.
Outras pragas ocorrem de forma esporádica, como a broca das raízes, causada pela Sagalassa valida e lagartas desfoliadoras como Sibine fusca e Brassolis sophoraea.
Controle de doenças - O anel vermelho, causado pela nematoide Rhadinaphelencus cocophilus, é a única doença de importância econômica para o dendezeiro, no estado da Bahia; o inseto transmissor do nematoide é o Rhychoprus palmarum, que conduz o nematoide no intestino, traqueia e nas cavidades do corpo. As medidas de controle do inseto são a única forma de se evitar a incidência da doença. O dendezeiro é suscetível ao toque de outras doenças de importância econômica, especialmente na região amazônica, onde ocorrem: fusariose, causada pelo fungo Fusarium oxysporum merchitez, causada pelo protozoário Phytomonas sp e amarelecimento fatal, cujo agente causal é desconhecido.
Colheita - A colheita é um trabalho muito importante, porque é nesta etapa que se obtêm os resultados de todos os esforços e investimentos com o cultivo. Na execução no trabalho de colheita, devem ser observadas duas etapas importantes:
Grau de maturação dos frutos - este fator esta diretamente relacionado com o conteúdo de óleo na polpa e com a qualidade do óleo obtido. O critério mais simples para se identificar o estágio ideal de maturação dos cachos são os frutos soltos que normalmente se encontram no pé da planta, quando o cacho está maduro recomendando-se que esse número não seja superior a 10 frutos;
Frequência de colheita - a maturação dos cachos ocorre ao longo de todo o ano: por isso, é necessário que os intervalos de colheita sejam curtos de forma que um cacho que deixou de ser colhido em um ciclo não esteja excessivamente maduro no seguinte, comprometendo a qualidade do óleo a ser obtido.
- Produção
Dos frutos do dendezeiro, podem ser extraídos dois tipos de óleos: "óleo de polpa", conhecido no Brasil como azeite de dendê, e "óleo de palmiste". O rendimento em óleo representa 22% do peso dos cachos para o óleo de polpa e 3% para o óleo de palmiste.
De acordo com o site alemão "Salve a Selva" (no original, www.regenwald.org; "Regenwald" é a palavra em alemão para "floresta húmida"), contrário ao consumo do óleo de dendê,[5] nos últimos anos surgiu um debate crítico acerca da promoção da produção industrial do óleo de dendê, sobretudo por causa dos desflorestamentos nas zonas tropicais para a cultivação em monoculturas que serve não só para o uso nas indústrias alimentícia e cosmética mas também para a produção do assim chamado biodiesel. Hoje em dia, o óleo de dendê encontra-se em quase todas as comidas preparadas (entre outras, em pizzas congeladas e batatas fritas), margarina, sorvete, biscoitos, barras de chocolate e barrinhas de cereais. Mas também vários produtos químicos como detergentes, sabonete, velas e produtos cosméticos como cremas e batons contêm óleo de dendê.
- Uso religioso
Fontes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dendezeiro
http://www.clubeamigosdocampo.com.br/artigo/cultura-do-dendezeiro-1343
http://segredodasfolhas.blogspot.com.br/2011/07/dendezeiro.html
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