Trapiá: Joia Aromática da Flora Brasileira

Trapiá: O Tesouro Frutífero e Medicinal da Caatinga

1. Introdução

Você já sentiu o aroma inconfundível de alho ao cortar a casca de uma árvore? Essa é a marca registrada do Trapiá! Esta árvore nativa brasileira encanta pela resistência e beleza única.

Suas flores brancas iluminam a paisagem durante a floração. Além disso, seus frutos alimentam dezenas de espécies de aves. O Trapiá representa símbolo da biodiversidade tropical americana.

Neste guia completo, você descobrirá todos os segredos desta planta extraordinária. Vamos explorar desde suas características botânicas até técnicas de cultivo. Prepare-se para conhecer uma verdadeira joia da flora brasileira!

2. Ficha Técnica do Trapiá

2.1. Classificação Científica

O Trapiá possui identidade botânica bem estabelecida pela ciência moderna. Sua classificação taxonômica organiza-se da seguinte forma:

  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Equisetopsida
  • Subclasse: Magnoliidae
  • Superordem: Rosanae
  • Ordem: Brassicales
  • Família: Capparaceae
  • Gênero: Crateva
  • Espécie: Crateva tapia L.
  • Sinonímias: Crataeva tapia L., Cleome arborea Schrad., Crateva benthamii Eichler

Esta classificação posiciona a planta entre as Capparáceas. Portanto, compartilha parentesco com alcaparras e outras espécies aromáticas.

2.2. Nomes Populares do Trapiá

A riqueza de nomes populares reflete sua ampla distribuição geográfica. Em diferentes regiões brasileiras e latino-americanas, recebe denominações variadas:

  • Tapiá
  • Cabaceira
  • Cabaceira-de-pantanal
  • Pau-d'alho
  • Breu-branco
  • Catoré
  • Catauarizeiro
  • Boloteira
  • Basparí (Bahia)
  • Capança
  • Fruto-de-macaco
  • Propiá

O nome "Trapiá" origina-se do tupi-guarani. Significa "fruta de anta", pois esse mamífero aprecia seus frutos.

3. Características Botânicas do Trapiá

3.1. Porte

O Trapiá apresenta porte arbóreo variável conforme condições ambientais. Classifica-se botanicamente como árvore de pequeno a médio porte.

Em habitat natural, normalmente atinge 5 a 12 metros. Exemplares excepcionais podem alcançar até 25 metros de altura. Seu tronco apresenta diâmetro entre 20 e 45 centímetros.

A copa desenvolve-se de forma arredondada e densa. Este formato lembra guarda-chuva aberto. Os galhos estendem-se horizontalmente de maneira esparsa.

3.2. Caule e Casca

O caule do Trapiá possui características distintivas e inconfundíveis. O tronco é cilíndrico e tortuoso.

A casca externa é glabra (sem pelos) e áspera ao tato. Apresenta coloração creme-acinzentada a marrom-clara. Quando cortada, exala cheiro característico forte de alho.

Este odor é marca registrada da espécie. A casca interna é clara e fibrosa. Em árvores maduras, desenvolvem-se fissuras longitudinais discretas.

3.3. Folhas

As folhas do Trapiá são compostas e trifolioladas, conferindo aspecto elegante. Esta característica é única entre as Capparáceas brasileiras.

Cada folha possui três folíolos saindo do mesmo ponto. Os folíolos são membranáceos, medindo 5 a 10 centímetros. Apresentam formato elíptico ou ovado.

A face superior (adaxial) é verde-escura e glabra. A face inferior (abaxial) é verde-clara. O ápice é acuminado ou cuspidado (com ponta longa).

A base é obtusa e a margem é inteira. O pecíolo comum mede 4 a 12 centímetros. Os peciólulos (hastes secundárias) são muito curtos, medindo 4 a 12 milímetros.

As folhas mantêm-se verdes durante longos períodos. Portanto, a árvore é considerada perenifólia em muitas regiões.

3.4. Flores

A floração do Trapiá é espetáculo natural de rara beleza. As flores são brancas a branco-esverdeadas, muito vistosas.

Organizam-se em racemos axilares ou terminais. As inflorescências são longas e pendentes. Cada flor mede aproximadamente 6 a 9 milímetros.

Apresentam pétalas unguiculadas (com unha basal estreita). Os estames são numerosos e longos. Os filetes possuem tonalidade avermelhada na extremidade.

Este contraste entre pétalas brancas e estames avermelhados é marcante. As flores são hermafroditas, com algumas masculinas. Produzem néctar abundante, atraindo polinizadores diversos.

A floração ocorre principalmente entre agosto e novembro. Entretanto, pode variar conforme região climática. Abelhas, borboletas, mariposas e morcegos visitam as flores.

3.5. Frutos

Os frutos são bagas globosas ou subglobosas, muito características. Possuem formato esférico lembrando pequenas laranjas.

Medem aproximadamente 4 a 8 centímetros de diâmetro. São pêndulos em estípite (haste) longo. A coloração varia de verde a amarelo quando maduros.

A casca é lisa e relativamente fina. Internamente, contêm polpa branca e carnosa. Esta polpa envolve numerosas sementes marrons.

A textura é mucilaginosa e o sabor é adocicado. Entretanto, o sabor divide opiniões entre apreciadores. Os frutos amadurecem principalmente entre janeiro e maio.

3.6. Sementes

As sementes do Trapiá são numerosas e compactas. Cada fruto contém dezenas de sementes.

Apresentam formato irregular e coloração marrom. Medem aproximadamente 5 a 8 milímetros. A superfície é lisa e brilhante.

Possuem comportamento ortodoxo quanto ao armazenamento. Portanto, mantêm viabilidade por mais de dois anos. Esta característica facilita conservação e comercialização.

As sementes são achatadas e de cor creme. São dispersas principalmente por mamíferos e aves. A germinação ocorre naturalmente após passagem pelo trato digestivo.

3.7. Raízes

O sistema radicular do Trapiá é profundo e bem desenvolvido. As raízes principais penetram verticalmente no solo.

Esta característica permite acesso a água em camadas profundas. Raízes secundárias desenvolvem-se horizontalmente. Proporcionam estabilidade e ancoragem eficiente.

O sistema radicular tolera alagamento temporário. Portanto, a espécie adapta-se bem a áreas ripárias.

3.8. Variedades

A espécie Crateva tapia não apresenta variedades botânicas formalmente descritas. Entretanto, existe variabilidade natural entre populações.

Uma variedade anteriormente descrita foi Crateva tapia var. glauca. Atualmente, é considerada sinônimo da espécie típica. Plantas de diferentes regiões podem apresentar variações morfológicas sutis.

Estas diferenças incluem tamanho de folhas e época de floração. Estudos genéticos futuros podem identificar ecotipos regionais.

4. Origem, Habitat e Distribuição Geográfica do Trapiá

4.1. Origem

O Trapiá é planta nativa das Américas tropical e subtropical. Sua origem remonta aos ecossistemas florestais neotropicais.

Evolutivamente, desenvolveu adaptações a climas tropicais úmidos. Portanto, representa elemento importante da flora americana. Não é espécie endêmica do Brasil.

4.2. Onde é Encontrada Naturalmente

A distribuição natural do Trapiá é ampla na América tropical. Ocorre desde o México até o norte da Argentina.

Na América Central, está presente em Guatemala, Honduras, El Salvador. Também ocorre em Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Na América do Sul, distribui-se amplamente.

Colômbia, Venezuela, Equador, Peru abrigam populações significativas. No Brasil, ocorre nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Estados como Pará, Amazonas, Acre, Bahia, Ceará possuem populações.

Também é encontrado em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Prefere áreas úmidas próximas a cursos d'água.

4.3. Biomas em que Ocorre

O Trapiá ocorre em múltiplos biomas brasileiros. Na Amazônia, habita florestas de várzea e igapó.

Na Mata Atlântica, prefere florestas ripárias e áreas úmidas. Também é encontrado na Caatinga, especialmente em matas ciliares. No Cerrado, ocorre em veredas e matas de galeria.

No Pantanal, adapta-se bem às áreas de inundação sazonal. Sua presença indica ambientes com disponibilidade hídrica. Classifica-se ecologicamente como espécie secundária inicial.

5. O Papel no Ecossistema do Trapiá

O Trapiá desempenha múltiplas funções ecológicas essenciais nos ecossistemas. Primeiramente, suas flores sustentam populações diversificadas de polinizadores.

Abelhas nativas dos gêneros Plebeia (jati) e Trigona (arapuá) visitam frequentemente. Morcegos nectarívoros também participam ativamente da polinização. Consequentemente, contribui para manutenção da biodiversidade local.

Seus frutos alimentam ampla variedade de animais silvestres. Antas, macacos, pacas e outros mamíferos consomem avidamente. Aves como sanhaços, sabiás, tucanos, araçaris e periquitos apreciam seus frutos.

Até peixes consomem frutos caídos na água. A copa densa oferece abrigo e local para nidificação. Além disso, participa ativamente dos ciclos de nutrientes.

Suas raízes auxiliam na estabilização de margens. Previnem erosão em áreas ripárias vulneráveis. Por manter folhagem durante períodos secos, oferece recursos constantes.

Portanto, é valiosa para conservação de ecossistemas aquáticos. Representa espécie-chave em processos de sucessão ecológica. Sua presença indica qualidade ambiental satisfatória.

6. Usos e Importância do Trapiá

6.1. Uso na Culinária

O Trapiá possui aplicação culinária tradicional em algumas regiões. Os frutos maduros são comestíveis, embora pouco comercializados.

A polpa branca possui sabor adocicado e textura mucilaginosa. Pode ser consumida diretamente com auxílio de colher. Coloca-se porções na boca, chupando e descartando as sementes.

Alguns apreciadores utilizam a polpa em sopas. Os frutos sem casca enriquecem caldos de legumes. Entretanto, o consumo não é amplamente difundido.

A opinião sobre o sabor divide-se entre apreciadores. Alguns descrevem como agradável, outros como insípido.

6.2. Importância Econômica do Trapiá

A importância econômica do Trapiá manifesta-se em múltiplos setores. A madeira possui coloração clara e densidade moderada.

Historicamente, foi utilizada em obras internas de construção. Serve para confecção de forros, caixotaria e cabos. Também é empregada na fabricação de tamancos e canoas.

Entretanto, não é madeira de alta durabilidade. É considerada quebradiça para algumas aplicações. Ocasionalmente, utiliza-se como lenha e postes de cerca.

A árvore possui grande valor paisagístico e ornamental. É altamente recomendada para arborização urbana. Sua copa densa fornece sombra agradável.

Projetos de reflorestamento valorizam a espécie. O mercado de mudas nativas movimenta recursos significativos. Portanto, gera renda para viveiristas e coletores.

A produção de mel também representa fonte econômica. Apicultores beneficiam-se da floração abundante.

6.3. Importância Cultural do Trapiá

A importância cultural do Trapiá transcende aspectos utilitários. O nome de origem tupi-guarani revela conhecimento indígena ancestral.

Comunidades tradicionais mantêm relação histórica com a planta. Representa elemento da memória afetiva de diversas gerações. Muitas pessoas recordam árvores de Trapiá de sua infância.

A busca por sementes para plantio reflete valor sentimental. A planta integra paisagens culturalmente significativas. Representa conexão com natureza e tradições regionais.

6.4. Importância Medicinal do Trapiá

A medicina popular atribui múltiplas propriedades terapêuticas ao Trapiá. Comunidades tradicionais utilizam a planta há gerações.

A casca é empregada como febrífugo e antipirético. Também possui uso como antidisentérico e estomáquico. Prepara-se como tônico digestivo em medicina popular.

O chá da entrecasca e folhas trata problemas respiratórios. É utilizado contra asma e bronquite. A seiva serve como analgésico dental tradicional.

As folhas combatem inflamação e irritação na garganta. O suco é usado contra hemorroidas. Também possui aplicação em casos de reumatismo.

Pesquisas científicas recentes validam propriedades biológicas. Estudos demonstram atividade antioxidante significativa. Também foi identificada atividade antimicrobiana contra bactérias.

Extratos apresentam propriedades anti-inflamatórias. Compostos fitoquímicos incluem triterpenos, flavonoides e taninos. Beta-amirina, ácido betulínico e lupeol foram identificados.

Estudos investigam potencial contra bactérias multirresistentes. Extratos foliares mostraram efeito sinérgico com antibióticos. Entretanto, pesquisas clínicas ainda são necessárias.

Portanto, qualquer uso medicinal requer orientação profissional qualificada.

7. Cultivo e Cuidados Com o Trapiá

7.1. Clima e Temperatura

O Trapiá adapta-se perfeitamente a climas tropicais e subtropicais. Prefere temperaturas entre 20°C e 35°C.

É planta muito rústica, tolerando variações térmicas. Suporta temperaturas mínimas de até -3°C no inverno. Entretanto, perde folhagem queimada por geadas fortes.

Tolera temperaturas máximas de até 38°C. Pode ser cultivada desde o nível do mar. Desenvolve-se bem até 1.300 metros de altitude.

Prefere umidade relativa do ar elevada. Entretanto, surpreendentemente tolera períodos secos prolongados. Mantém folhagem densa e verde por mais de seis meses sem chuva.

7.2. Solo

O Trapiá desenvolve-se melhor em solos argilosos profundos. Prefere texturas argilosas ricas em matéria orgânica.

O pH ideal situa-se entre 5,5 e 7,2. Tolera solos moderadamente ácidos a neutros. Prefere proximidade de cursos d'água.

Adapta-se bem a solos úmidos e mal drenados. Tolera alagamento temporário ou inundações sazonais. Solos férteis favorecem crescimento vigoroso.

Entretanto, adapta-se razoavelmente a solos menos férteis. Não tolera solos excessivamente compactados.

7.3. Plantio

O plantio pode ser realizado por sementes ou mudas produzidas. Recomenda-se coleta de sementes de frutos maduros amarelados.

As sementes mantêm viabilidade por mais de dois anos. Podem ser armazenadas em local seco e fresco. Para semeadura, utilize canteiros ou saquinhos individuais.

O substrato ideal contém 40% de matéria orgânica. Adicione 30% de areia e 30% de terra superficial. A germinação ocorre entre 15 e 30 dias.

Mudas devem ter altura mínima de 30 centímetros. O período ideal para plantio é início da estação chuvosa. Prepare covas medindo 40x40x40 centímetros.

Abra as covas dois meses antes do plantio. Misture 10 litros de composto orgânico. Adicione 200 gramas de calcário se pH for muito baixo.

Posicione a muda centralmente mantendo nível do torrão. Comprima suavemente o solo ao redor. Irrigue abundantemente após plantio.

7.4. Irrigação

Plantas jovens necessitam irrigação regular durante primeiros meses. Irrigue duas a três vezes por semana.

Mantenha solo úmido mas não encharcado. Aplique aproximadamente 20 litros após plantio. Repita irrigações mensalmente durante primeiro ano.

Após estabelecimento, a árvore tolera períodos secos. Entretanto, responde positivamente a irrigações regulares. Durante estiagens prolongadas, irrigações mensais são benéficas.

A espécie tolera alagamento temporário. Portanto, excesso de água geralmente não causa problemas.

7.5. Adubação

Adubação orgânica é fundamental para desenvolvimento satisfatório. Incorpore composto ou esterco curtido na cova.

Durante primeiro ano, adubações semestrais são recomendadas. Utilize fertilizantes NPK balanceados (10-10-10). Aplique aproximadamente 300 gramas por planta.

Em setembro, realize adubação de manutenção. Aplique 5 a 10 litros de composto orgânico. Após terceiro ano, adubação anual é suficiente.

Árvores estabelecidas requerem menos fertilização. Matéria orgânica ao redor da base é benéfica.

7.6. Espaçamento

Para plantios de reflorestamento, recomenda-se espaçamento de 4x4 metros. Este arranjo permite bom desenvolvimento individual.

Em arborização urbana, plante isoladamente ou 6 metros de distância. Para projetos paisagísticos, considere tamanho da copa madura. Em sistemas agroflorestais, adapte conforme culturas associadas.

7.7. Controle de Pragas

O Trapiá é relativamente resistente a pragas e doenças. Ocasionalmente, pode sofrer ataque de formigas cortadeiras.

Controle preventivo com iscas formicidas é eficaz. Lagartas desfolhadoras aparecem esporadicamente. Monitoramento regular permite identificação precoce.

Métodos biológicos de controle são preferíveis. Evite uso excessivo de agrotóxicos prejudiciais.

7.8. Poda

Podas de formação podem ser realizadas nos primeiros anos. Remova galhos mal posicionados ou com crescimento irregular.

Elimine galhos que nascem na base do tronco. Conduza planta com tronco único e copa elevada. Após estabelecimento, árvore requer poucas intervenções.

Realize limpeza de galhos secos periodicamente. Podas anuais ajudam manter tamanho e forma desejados. Em ambientes urbanos, poda adequada previne problemas.

7.9. Colheita

A "colheita" geralmente refere-se à coleta de frutos maduros. Frutos devem ser colhidos quando amarelados.

Colete manualmente ou com auxílio de varas. Para sementes, processe frutos imediatamente. Remova polpa e lave sementes.

Seque à sombra em local ventilado. Armazene em recipientes fechados. Mantenha em local seco e fresco.

7.10. Rotação de Culturas

Em sistemas agroflorestais, Trapiá pode ser combinado com culturas diversas. Sua copa densa fornece sombreamento moderado.

Culturas tolerantes à sombra são mais adequadas. Cacau, cupuaçu e palmeiras adaptam-se bem. Evite culturas muito exigentes em luz plena.

A proximidade de água beneficia consórcios. Teste compatibilidade antes de estabelecer sistemas complexos.

7.11. Ciclo de Vida

O Trapiá possui ciclo de vida relativamente rápido. Atinge maturidade reprodutiva entre 4 e 6 anos.

A floração e frutificação ocorrem anualmente após maturidade. Apresenta crescimento inicial moderado a rápido. Pode viver várias décadas em condições adequadas.

Alguns exemplares superam 50 anos de idade. Árvores maduras tornam-se mais resistentes a adversidades.

8. Curiosidades Sobre o Trapiá

O Trapiá é única espécie brasileira de Capparaceae com folhas trifolioladas. Esta característica facilita identificação botânica.

O cheiro de alho da casca é inconfundível. Este odor deve-se a compostos sulfurados nas células. Muitas pessoas conseguem identificar a árvore apenas pelo aroma.

O nome científico Crateva homenageia botânico grego Cratevas. Ele foi médico e botânico do rei Mitrídates VI. A espécie foi descrita por Lineu em 1753.

Os frutos são chamados "frutos de macaco" em algumas regiões. Macacos realmente apreciam muito a polpa. Observadores relatam primatas consumindo frutos avidamente.

A árvore mantém folhagem verde durante seca prolongada. Este comportamento é incomum em muitas espécies tropicais. Representa adaptação valiosa para fauna dependente.

Estudos recentes exploram potencial antimicrobiano. Extratos podem auxiliar combate a bactérias resistentes. Isto representa esperança para medicina moderna.

A madeira é considerada sagrada em algumas culturas. Possui importância em medicina ayurvédica tradicional. Representa conexão entre culturas americanas e asiáticas.

9. Conclusão

O Trapiá representa patrimônio inestimável da flora neotropical. Suas características únicas fascinam botânicos e admiradores da natureza.

Além da beleza ornamental incomparável, oferece recursos ecossistêmicos fundamentais. Sua importância para fauna silvestre é inestimável. O potencial medicinal ainda está sendo descoberto.

Proteger e cultivar esta espécie significa preservar biodiversidade. Projetos de arborização urbana devem priorizá-la absolutamente. Seu crescimento satisfatório e sombra agradável beneficiam comunidades.

Conhecer para preservar é princípio essencial da conservação ambiental. O Trapiá merece mais atenção de pesquisadores e produtores. Seu potencial terapêutico e ecológico ainda será melhor compreendido.

Você conhece ou cultiva Trapiá em sua região? Compartilhe suas experiências nos comentários abaixo! Conte-nos suas memórias afetivas com esta árvore especial. Ajude-nos a divulgar importância desta espécie nativa magnífica!

Paisagistas: Considerem plantar Trapiá em projetos urbanos. Ambientalistas: Incluam-na em projetos de restauração de matas ciliares. Pesquisadores: Explorem seu potencial medicinal! Proprietários rurais: Esta árvore embelezará e protegerá suas nascentes!

Juntos, podemos garantir sua preservação para futuras gerações!

10. Fontes

  1. Projeto Caatinga - UFERSA - Trapiá: Informações Gerais: https://projetocaatinga.ufersa.edu.br/informacoes-gerais-trapia/
  2. Projeto Caatinga - UFERSA - Trapiá: Descrição Botânica: https://projetocaatinga.ufersa.edu.br/descricao-botanica-trapia/
  3. WikiAves - Trapiá (Crataeva tapia): https://www.wikiaves.com.br/wiki/flora:tapia
  4. Natureza Bela - Trapiá - Crateva tapia L.: https://www.naturezabela.com.br/2014/11/trapia-crateva-tapia-l.html
  5. Fauna e Flora do RN - Trapiá Crateva tapia L.: https://faunaefloradorn.blogspot.com/2017/04/trapia-crateva-tapia-l.html
  6. Brasil Plantas - Trapiá: https://brasilplantas.com/arvores/trapia/
  7. Colecionando Frutas - Tapiá (Crataeva tapia): https://www.colecionandofrutas.com.br/crataevatapia.htm
  8. Plants of the World Online - Kew Science - Crateva tapia L.: https://powo.science.kew.org/taxon/316363-2
  9. ResearchGate - Crataeva tapia Linn.: An Important Medicinal Plant: https://www.researchgate.net/publication/320456024
  10. ResearchGate - Modulatory Activity of Crateva tapia Extract: https://www.researchgate.net/publication/272351373
  11. Science Volks Microbiology - Adjuvant Effect of Crateva tapia: https://sciencevolks.com/microbiology/pdf/SVOA-MB-06-007.pdf
  12. Medicina Tradicional Mexicana - UNAM - Crataeva tapia: http://www.medicinatradicionalmexicana.unam.mx/apmtm/termino.php?l=3&t=crataeva-tapia

 
 
 
 



Comentários

  1. Olá amigo, sabe essa árvore pode ser plantada próximo da casa para sombra?

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  2. TENHO UM PRÓXIMO A PORTA DA ÁREA DE SERVIÇO NO QUINTAL DE MINHA CASA,,,, ELA FAZ UMA SOMBRA IMPORTANTE NO PROCESSO DE AREJAMENTO DO SOLO E DAS PAREDES DOS FUNDOS DA CASA,,, SERVINDO COMO BARREIRA PARA OS RAIOS SOLARES,,, RECOMENDO O PLANTIO.

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  3. Alguém poderia disponibilizar sementes pra o plantio? Achei duas árvores aqui na região do sertão de Alagoas, e gostaria de propagar para reflorestar áreas do sítio futuramente.

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    1. Ivo você conseguiu? Eu também quero! Quando eu era criança, tinha um pé dessa fruta no sítio do meu pai. Eu gostaria de obter novamente!

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  4. P.S.: As árvores que encontrei estão sem frutos e sem estolões nas raízes .

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  5. Moro em Olinda e tenho 54 anos, todavia na minha infância via e havia bastante destas árvore, hoje eu achava que ela estava em extinção, mas fico feliz em saber que ela está à salva.

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    1. Você que mora em Olinda, na minha infância tinha uma majestosa, numa casa que ficava em frente à Igreja de São Francisco; descendo a ladeira ficava à esquerda.

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  6. Moro em Olinda e tenho 54 anos, todavia na minha infância via e havia bastante destas árvore, hoje eu achava que ela estava em extinção, mas fico feliz em saber que ela está à salva.

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    1. enfrente a Câmara de vereadores de Igarassu tem um pé cheio de frutas maduras

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    2. Ao lado do prédio da prefeitura, na rua São Bento, há um pé dela, oeguep sementes lá do fruto sem saber do que se tratava, as mudas já estão com um ano e bonitas,agora neste site confirmei a espécie, agira vou buscar onde plantar para preservar.

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    3. é o meu caso, tbm fico feliz!

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  7. Bom dia sou Carlos cândido de Recife PE ando de moto aqui Região e tenho visto muito dessas arvores aqui principalmente nos do arruda e poço da panela em casa amarela. me enterecei e vou fazer algumas pesquisas sobre elas.
    se alguem tiver alguns materias sobre a mesma favor me enviar. carloscandido92@gmail.com

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  8. Boa tarde, sou Josué do Recife moro na zona norte na minha infância
    era o que mais tinha na bomba do Hemetério e morros do (Recife).

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  9. Sou recifense e é interessante ver quantos conterrâneos testemunham como meu pai, a respeito dessa árvore : Uma arvore que permeia a infância dele.Bom saber que em Igarassu-PE e nos bairros do Poço da Panela e Casa Amarela ainda tem.

    Aonde encontro mudas aqui em Recife??

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    1. Eu moro no Espinheiro. Mas faço mudas de várias árvores no meu sítio. Tenho trapiá e outras da Mata Atlântica.
      alcmene.andrade@gmail.com
      Interessados entrem em contato.

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    2. Ola.Ecoturaventura.eu gostaria de ter uma muda de trapiá.teria como vc me mandar um email.profaquiqui@hotmail.com? Ate mais obrigada

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    3. Sou Paulista PE na minha infância tinha um que dava muitos frutos eu amava comê-los. Fiquei feliz quando encontrei um a caminho da minha casa em Gravatá. Amei!

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  10. Aqui no cordeiro tem uma árvore em frente ao colégio Santa Emília.

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    1. Bruno. Estou procurando sementes de TAPIÁ faz um bom tempo. Aqui no sul não existe.
      Você conseguiria algumas pra mim aí na sua cidade?

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    2. Em minha casa em cidade ocidental goias tenho um pe de trapia que veio de olinda Pe e ele tem 8 anos e nao segura os frutos alguem pode mim dizer o que posso fazer para que ele segure os frutos

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    3. E pergunta de novo
      Que posso fazer para o pe de trapia segurar os frutos

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  11. olá, na minha infância eu conheci essa fruta, na minha cidade Campo Redondo (R.N)havia um pé, como moro hoje no Rio de Janeiro, pensei que essa arvore havia entrado em extinção, que bom que não.

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  12. Há um pé no Engenho do Meio, em Recife. Estou coletando frutos e pretendo fazer mudas. Quem se interessar, pode entrar em contato. Abraços!

    viniciusaragao900@hotmail.com

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  13. Eu já comi a muitos anos atrás e nunca me esqueci do sabor dessa fruta e muito Boa e pronto e acabouse
    Tchau

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  14. Até hoje só vi um único pé de Trapiá e ainda dá frutos lá. Fica no bairro do Barro em Recife. Na oficina mecânica do Dunga, na Rua da Esperança.

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  15. Em frente ao açude de Apipucos tem uma praça, lá tem pé de trapiá. No Sitio da Trindade também tem, fiz várias mudas,germina muito fácil

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  16. Idalia sou de Olinda.Esta fruta é uma delícia. Tenho ela no meu quintal. Aqui está cheio de trapiar.

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  17. Há 02 pés na avenida Norte , próximo ao canal do jacaré .( Recife)

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  18. Eu tenho um pé no meu quintal gostaria de saber se a Trapiá as suas folhas servem para coceira humana para animal sei que serve para dores lombares Eu sei que você vai eu quero saber se ela serve para coceira humana

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  19. Pode mandar a resposta pelo meu e-mail gostaria de saber se a folha da Trapiá também serve de remédio para coceira humana

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  20. Em frente ao SENAC da Av. Visconde de Suassuna, Santo Amaro, Recife... tem um pé de trapiá.

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  21. BOA TARDE COMO PODERIA CONSEGUIR SEMENTES DESTA FRUTIFERA PARA COMPRAR.
    TENHO INTERESSE SEGUE MEU CONTATO pesqueirarui6@gmail.com.
    RUI PESQUEIRA

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  22. Boa noite, vcs tem sementes de trapiá para venda pois meu pai é do Norte e sente falta das frutas que comia na sua infância, agora que consegui comprar uma chacara posso plantar as frutas para deixar meu velho mais feliz. Se tiver mande o valor do frete

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  23. Oi! Alguém sabe se a raiz dela é problemática pra construção? Obrigado

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  24. Olá Pessoal! Que bom saber que existem tantas pessoas que tem memórias afetivas com a árvore do TRAPIÁ. Sou de Boa Ventura, sertão da Paraíba e na minha infância havia um pé no sítio em que nasci. E hoje tenho um pé grandioso e que frutifica muito no quintal de nossa casa.

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