As 10 Flores Mais Incríveis e Raras do Nosso Planeta

10 Flores Mais Raras do Mundo

Introdução

Em meio à vastidão e exuberância da flora terrestre, existem verdadeiras joias botânicas que desafiam a nossa percepção de beleza e raridade. Enquanto campos de girassóis e roseiras coloridas enchem nossos jardins, um universo secreto de flores tão singulares quanto escassas persiste em recantos isolados do planeta, ou sobrevivem por um fio de esperança. 

Este artigo convida você a uma jornada extraordinária para descobrir as 10 flores mais raras do mundo. Prepare-se para mergulhar em histórias de resiliência, adaptação e conservação, onde cada pétala e cada forma exótica revelam a incrível diversidade e a fragilidade da vida vegetal. Da profundidade de florestas tropicais a encostas rochosas inóspitas, desvendaremos os mistérios dessas belezas florais que poucos têm o privilégio de contemplar.

10º - Jade Vine (Strongylodon macrobotrys)

Origem e Habitat: 

Nativa das florestas tropicais das Filipinas, especialmente nas ilhas Luzon e Mindoro. Ela prospera em vales e encostas, em áreas úmidas e sombrias da floresta.

Descrição: 

É uma espetacular trepadeira lenhosa, cujas flores pendem em longos cachos (racemos) que podem atingir até 3 metros de comprimento. Cada flor individual é em forma de garra, com uma cor azul-turquesa ou verde-azulada brilhante e luminescente, quase fluorescente, que a torna inconfundível. Essa coloração é única e atrai polinizadores específicos.A espécie é extremamente difícil de propagar, e é considerada uma espécie em extinção devido à destruição de seu habitat e grande diminuição do poder polinizador natural.

9º - Flor Cadáver (Rafflesia arnoldii)

Origem e Habitat: 

Encontrada nas florestas tropicais úmidas de Bornéu e Sumatra, no Sudeste Asiático. É uma planta parasita que cresce sobre as raízes de uma espécie específica de videira, Tetrastigma.

Descrição:

Famosa por ser a maior flor individual do mundo, podendo atingir mais de 1 metro de diâmetro e pesar até 10 kg. Não possui folhas, caules ou raízes visíveis, vivendo completamente como parasita. A sua sobrevivência depende de uma videira específica chamada Tetrastigma, por não ter caule, nem folhas e nem raízes, exige da videira a alimentação e suporte, ou seja, é uma parasita. Seu nome "flor cadáver" vem do seu odor nauseabundo de carne em decomposição, que atrai moscas necrófagas para a polinização. Sua floração é rara e dura apenas alguns dias.

8º - Gibraltar Campion (Silene tomentosa)

Origem e Habitat: 

Endêmica dos penhascos de Gibraltar, na Península Ibérica. Acreditava-se que esta planta estava extinta por toda a comunidade científica, pois até 1992 todos os vestígios da planta tinham desaparecido. Em 1994, um único espécime foi descoberto por um alpinista sobre as falésias inacessíveis. Seu habitat é restrito a falésias rochosas calcárias e áreas de difícil acesso.

Descrição: 

É uma planta perene de tamanho médio, com caules robustos e folhas pegajosas. Suas flores são delicadas, de cor rosa a púrpura-clara, com pétalas profundamente entalhadas, que lhe conferem um aspecto elegante. Floresce durante o verão e é uma espécie protegida devido à sua extrema raridade e vulnerabilidade.

7º - Árvore Franklin (Franklinia alatamaha)

Origem e Habitat: 

Originária de um único local no vale do rio Altamaha, na Geórgia, EUA. Está extinta na natureza desde o início do século XIX, e todas as árvores existentes hoje descendem de sementes coletadas por um botânico no século XVIII. Prefere solos úmidos e ácidos em margens de rios e pântanos.

Descrição: 

É uma árvore pequena ou um grande arbusto decíduo, notável por suas flores brancas em forma de xícara, com centros de estames amarelos vibrantes, que florescem no final do verão e outono. Na verdade, esta bela árvore só é conhecida hoje por causa da família Bartram, que eram horticultores ávidos e propagaram a árvore antes de sua extinção na natureza. Suas folhas também são espetaculares, mudando para tons vibrantes de vermelho-alaranjado no outono, tornando-a uma planta ornamental muito apreciada.

6º - Bico de Papagaio (Lotus berthelotii)

Origem e Habitat: 

Endêmica das Ilhas Canárias (Espanha), especificamente das ilhas de Tenerife e Gran Canaria. Cresce em falésias costeiras e encostas secas, sob o sol pleno, em altitudes baixas. Esta bela flor que tem sido classificada como extremamente rara desde 1884. Acredita-se ser completamente extinta na natureza, mas alguns exemplares podem ter sobrevivido.

Descrição: 

Esta planta perene de hábito rasteiro é conhecida por suas flores espetaculares e exóticas. Elas possuem um formato que lembra o bico de um papagaio ou uma chama, com cores que variam do laranja-avermelhado ao amarelo-dourado, muitas vezes com pontas mais escuras. Suas folhas são finas e prateadas, o que contrasta lindamente com as flores. 

É polinizada principalmente por pássaros. Acredita-se ter sido originalmente polinizada por pássaros hoje extintos. Isto poderia ajudar a explicar a escassez da planta. Experimentos foram realizados para encontrar novos polinizadores das flores, na esperança de que eles possam ser reintroduzidos com sucesso nas ilhas, mas a partir de 2008, nenhum fruto havia sido produzido com sucesso. O Bico de Papagaio, no entanto, é cultivado no comércio de horticultura.

5º - Chocolate Cosmos (Cosmos atrosanguineus)

Origem e Habitat: 

Nativa do México, onde era encontrada nas florestas secas de pinheiros e carvalhos. Infelizmente, está extinta na natureza desde o início do século XX, e a planta que conhecemos hoje é um único clone estéril que foi criado em 1902 por propagação vegetativa..

Descrição: 

É uma planta herbácea perene que produz flores de cor marrom-avermelhada profunda, quase preta, que emitem um aroma distinto de chocolate ou baunilha quando expostas ao sol. Cada flor tem cerca de 3-5 cm de diâmetro e floresce no verão. É cultivada apenas por propagação vegetativa, pois não produz sementes viáveis.

4º - Kokai (Kokia cookei)

Origem e Habitat: 

Endêmica das ilhas havaianas, originalmente encontrada apenas em uma pequena área de Molokaʻi. Esta espécie está criticamente ameaçada e, assim como a Franklinia e o Chocolate Cosmos, é considerada extinta na natureza.

Foi descoberta em 1860. A árvore encontrou dificuldade na propagação, e em 1950, após a última plântula morrer, foi considerada extinta. Em 1970, a única sobrevivente foi encontrada, e foi tristemente destruída em um incêndio em 1978. Felizmente um dos ramos da árvore foi salvo e enxertado em 23 árvores que existem hoje, todos os quais estão situados em vários lugares, no Havaí.

Existem apenas alguns exemplares cultivados, descendentes de uma única árvore. Crescia em florestas secas de baixa altitude.

Descrição:

O Kokai é uma árvore média que cresce até cerca de 10-11 metros de altura. Suas flores são notavelmente grandes e vistosas, com pétalas em tons vibrantes de vermelho-alaranjado a escarlate, que se abrem de forma espiralada, criando um efeito exótico e tropical. São flores de vida curta, mas deslumbrantes.

3º - Sapatinhos de Senhora (Cypripedium calceolus)

Origem e Habitat: 

Esta orquídea terrestre tem uma distribuição ampla, mas fragmentada, ocorrendo em partes da Europa, incluindo o Reino Unido (onde é extremamente rara), e na Ásia. O único exemplar britânico desta planta, que costumava ser mais comum, pode ser encontrado em um campo de golfe e fica sob proteção policial rigorosa desde 1917.

Prefere solos ricos em calcário, em bosques abertos, florestas de coníferas e prados úmidos, geralmente em altitudes elevadas.

Descrição: 

É uma das orquídeas mais distintas da Europa, conhecida por sua flor única que se assemelha a um "sapatinho" ou "chinelo". A bolsa labial (uma das pétalas) é grande e amarela brilhante, enquanto as outras pétalas e sépalas são marrom-arroxeadas e torcidas, conferindo um aspecto muito particular. 

Suas sementes não têm alimento para a planta crescer, por isso vive em uma relação simbiótica com um tipo específico de fungo, que lhe proporciona alimento, até que as folhas adultas possam produzir alimento suficiente para a planta. Sua raridade é devido à destruição de habitat e coleta ilegal.

2º - Orquídea Fantasma (Epipogium aphyllum)

Origem e Habitat: 

Encontrada em florestas densas e úmidas na Europa, Ásia e algumas partes da África. É uma orquídea saprófita, o que significa que não possui clorofila e, portanto, não realiza fotossíntese. Presumia-se estar extinta há quase 20 anos. A espécie é tão rara que é considerada impossível de propagar. 

Ela não tem folhas, não depende de fotossíntese e não fabrica seu próprio alimento. Como o “Sapatinho de Senhora”, ela precisa de um fungo específico em contato próximo com seu sistema radicular, que a alimente. 

Descrição: 

Extremamente rara e difícil de encontrar, pois não possui folhas verdes. Seu "caule" é pálido e suas flores são translúcidas, brancas ou cremes, com um lábio em forma de bolsa e manchas rosadas ou roxas. Floresce esporadicamente, e pode ficar por anos sem aparecer acima do solo, vivendo completamente subterrânea, florescendo apenas quando todas as condições forem ótimas. Isso explica por que alguns entusiastas de orquídeas buscam por anos e anos apenas para ter um vislumbre desta flor indescritível.Sua beleza etérea e sua aparição fantasmagórica a tornam mística.

1º - Middlemist Vermelha (Middlemist camellia)

Origem e Habitat: 

Considerada uma das flores mais raras do mundo, com apenas dois exemplares conhecidos. Um está no Jardim Chiswick House, em Londres (Reino Unido), e o outro em um jardim na Nova Zelândia. Sua origem é a China, mas foi extinta em seu habitat natural. Foi trazida para a Grã-Bretanha por John Middlemist em 1804. Desde então, foi completamente dizimada no seu país natal. A planta na Grã-Bretanha permaneceu estéril durante anos e só começou a dar flores recentemente.

Descrição:

Esta camélia possui flores de um vermelho-rosado intenso, com pétalas exuberantes e uma forma clássica de camélia. É uma flor deslumbrante e historicamente importante. Sua raridade extrema é um testamento da fragilidade de certas espécies e da importância da conservação ex situ (fora do habitat natural).

Conclusão 

Nossa jornada através das 10 flores mais raras do mundo revela não apenas a beleza estonteante e a singularidade dessas espécies, mas também a fragilidade inerente à vida em nosso planeta. 

Cada flor, com sua história de origem, adaptação e luta pela sobrevivência, serve como um lembrete vívido da importância da conservação e da preservação dos habitats naturais. Do brilho quase sobrenatural da Jade Vine à aparição misteriosa da Orquídea Fantasma, e à resiliência da Middlemist Vermelha, somos convidados a valorizar a biodiversidade e a reconhecer que cada espécie tem um papel insubstituível no grande tapeçaria da vida. 

Que a contemplação dessas belezas quase perdidas inspire uma maior consciência e um compromisso renovado com a proteção do nosso patrimônio natural, garantindo que as futuras gerações também possam se maravilhar com as maravilhas mais raras da natureza.

Fontes

Comentários

  1. Podem ser raras, mas a maioria é feia e esta "Middlemist camelia" acho que é bem comum nas Serras do Rio. Acredito ter visto dois pés na Sede do Parque Municipal da Montanhas de Teresópolis.

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    1. sinceramente comentario idiota dms, tlavez oque vc acha ai da serra seja uma especie parecida, e rara não sinônimo de bonito.

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    2. Verdade meu amigo muitas só tem aparência e não tem nada de originais.

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