1. Para doença de Parkinson (contém L-dopa natural).
2. Para impotência e disfunção erétil.
3. Como afrodisíaco e para aumentar a testosterona.
4. Como anabólico e androgênio, fortalecendo os músculos e ajudando a estimular o hormônio do crescimento.
5. Ajudando na perda de peso.
Quando a dopamina produzida pelos neurônios são afetados pela doença de Parkinson, resulta em tremores incontroláveis, rigidez dos músculos, dificuldades para falar, escrever e se equilibrar e lentidão de movimentos. A deficiência sub-clínica de dopamina é responsável pelo sentimento de depressão e falta de desejo sexual.
A Dopamina é considerado o neurotransmissor "feelgood", produzido pelo cérebro quando se quer "estar contente" ou der ao corpo uma "recompensa". É também um intermediário na produção de norepineprina (ou noradrenalina, o neurotransmissor que nos desperta do sono) e é efetivo a estimular a produção do hormônio de crescimento (HgH).
• Em um estudo comparativo com animal na doença de Parkinson na qual quantidades iguais de princípio ativo eram usadas, Mucuna pruriens extrato foi mostrado para ser duas a três vezes mais efetiva que o L-dopa sintético. Isto sugere que seja o perfil bioquímico da erva como um todo, e não só o princípio ativo, que é responsável por aumentar sua efetividade significativamente tratando sintomas da doença. Estudos humanos também mostraram benefícios neurológicos importantes para M.pruriens, e ao contrário do L-dopa sintético - tolerância excelente e quase nenhum efeito colateral.
• É provável que quando se toma um extrato da erva juntamente com Tribulus Terrestris aumenta a quantidade de L-dopa que alcança o cérebro. Tribulus contém um inibidor moderado de monoamina oxidase, uma enzima degradante da dopamina. Este modo natural de melhorar os efeitos de M.pruriens foi reconhecido por médicos Ayurvedicos durante mais de 1000 anos.
• Tomando Mucuna pruriens extrato padronizado em L-dopa estimula a secreção de hormônio de crescimento (Hgh) pela glândula pituitária. O Hormônio de crescimento é indubitavelmente o hormônio anti-envelhecimento mais poderoso: encoraja a massa muscular e desencoraja a gordura de corpo, melhora a força e nivela a energia, aumenta o senso de bem-estar e tem uma influência positiva em muitos outros aspectos de saúde.
• M.Pruriens também é usado na medicina ayurvedica, para: restabelecer a libido (junto com Tribulus Terrestris) aumentar os níveis de testosterona (como mostrado em um estudo controlado) e dopamina; em casos de esterilidade masculina e feminina (aumentando a contagem de esperma e encorajando a ovulação), melhorar a agilidade mental, coordenação motora e tratar condições de apatia.
MECANISMO DE AÇÃO:
Estudos clínicos e pré-clínicos mostram que Mucuna pruriens tem grande importância no tratamento da doença de Parkinson. Foram tratados sessenta pacientes com a doença de Parkinson com Mucuna pruriens em um estudo aberto durante 12 semanas. Estatisticamente, houve reduções significantes na doença de Hoehn e de Parkinson unificado mostrando taxas de contagem do início ao término do tratamento.
Mucuna pruriens também mostrou estimular a testosterone-enantato induzido pela atividade androgênica observada em um grupo de indivíduos tratados. Estudos também mostraram que as sementes de M.pruriens podem provocar um aumento significante na contagem de espermatozóides, vesículas seminais e próstata dos ratos albinos tratados. Estudos farmacológicos mostraram sua utilidade como estimulante de SNC, anti-hipertensivo, estimulante sexual e mais.
EFEITOS COLATERAIS:
Doses elevadas de Mucuna pruriens pode causar superestimulação, aumento da temperatura corpórea e insônia.
CONTRAINDICAÇÕES:
• A semente pode causar problemas de nascimento e estimular a atividade uterina. Deve ser evitado por mulheres durante a gravidez.
• Mucuna pruriens mostrou ter a habilidade de reduzir o açúcar do sangue. Aqueles com hipoglicemia ou diabetes devem usar somente sob supervisão médica.
• É contra indicado em combinação com inibidores M.A.O.
• Mucuna pruriens possui atividade androgênica, aumentando os níveis de testosterona; pessoas com síndromes andrógenas excessivas devem evitar o uso.
• Mucuna pruriens inibe a prolactina. Caso você tenha uma condição médica resultando em níveis inadequados de prolactina no corpo, não use a menos que sob supervisão médica.
• A semente contém alta quantidade de L-dopa. Levodopa é o medicamento usado para tratar doença de Parkinson. Pessoas com doença de Parkinson devem apenas usar sob supervisão médica ou um indivíduo qualificado.
USO NA AGRICULTURA:
A mucunã é também utilizada na agricultura, como filtro biológico, retirando poluentes do solo, podendo ter seu plantio consorciado ao de outras espécies.
O espaçamento normalmente recomendado é de 50 centímetros entre filas e com 6 a 9 sementes por metro de sulco. A mucuna pode ser plantada isoladamente ou em consórcio com outras culturas. Pelo fato de ser uma planta muito agressiva não tem sido recomendado o seu plantio em culturas muito adensadas. Ao final do ciclo a mucuna preta seca formando um manto sobre o solo de alguns centímetros. Esta camada funciona como uma excelente cobertura morta.
OUTRAS VARIEDADES:
1. Mucunã Preta:
É uma leguminosa de crescimento trepador (cipó) cujo ciclo, do plantio ao pleno florescimento, é de l40 a 180 dias. Plantios tardios antecipam o florescimento em algumas semanas. A mucuna preta produz entre 40 e 50 toneladas de massa verde, 6 a 9 toneladas de massa seca e fixa entre 180 e 350 kg de N por ha/safra. A mucuna preta já é usada pelos agricultores do Espírito Santo há mais de 50 anos para a adubação verde, principalmente na cultura do milho. As recomendações de corte, citadas na literatura, vão dos 90 aos 150 dias após a semeadura (SOUZA, 1.993). Experiências de campo na região serrana do ES (950 m de altitude) dão conta de que, dos 90 aos 140 dias após a semeadura, há um incremento muito grande em termos de produção de massa seca e fixação de N (dados não publicados). Por este motivo vale à pena esperar até ao 130º ou 150º dias para se proceder ao corte.
2. Mucunã Cinza:
O desenvolvimento da mucuna cinza é muito semelhante ao da mucuna preta.
3. Mucunã Anã:
A mucuna anã é uma leguminosa de hábito de crescimento herbáceo, determinado e cujo ciclo, do plantio ao pleno florescimento, é de 90 a 120 dias. A mucuna anã produz entre 10 a 20 toneladas de massa verde, 2 a 4 toneladas de massa seca e fixa entre 60 a 120 kg de N por ha/safra. É uma planta própria para consórcios com culturas plantadas em espaçamentos menores uma vez que não tem hábito trepador, não competindo assim por luz. Também é própria para áreas que terão um tempo menor de disponibilidade. O espaçamento normalmente recomendado é de 50 centímetros entre filas e com 10 a 12 sementes por metro de sulco.
Uma planta que pertence as brincadeiras tradicionais do antigo Brasil rural e semi-urbano é o pó-de-mico ou mucuna (Mucuna sp.). As crianças do passado conseguiam encontrar facilmente essa trepadeira nos lugares de Mata Altântica e, da sua grande vagem (legume) raspavam os pelos (tricomas) que a recobriam até acumular um pozinho fino.
O pó formado por esses pelinhos é extremamente urticante, e rendia muita coceira ao coitado que o recebesse. Era um passatempo usual nas salas de aula ou lugares de aglomeração humana, principalmente nas cidades menores. Essa coceira é graças a uma enzima de nome mucunaína, presente nos frutos, e fazia a vítima se coçar que nem um macaco, daí o nome.
As sementes de várias espécies de mucunas são extremamente ornamentais, sendo usadas em diversos tipos de artesanato, principalmente nas cidades litorâneas com rios nas praias, que recebem as sementes duras e brilhantes carregadas dos rios que cortam a floresta em direção ao mar. Muita gente conhece essas sementes de encontros fortuitos na areia e as guarda, sem imaginar de que tipo de planta veio.