Coqueiro - Cocos nucifera



Nome Científico: Cocos nucifera
Sinonímia: Palma cocos
Nome Popular: Coco, coqueiro, coco-da-baía, coqueiro-da-índia, coco-da-praia, coqueiro-anão
Família: Arecaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia
Ciclo de Vida: Perene


Origens

As origens desta planta são passíveis de discussão. Enquanto algumas autoridades reclamam o Sudeste Asiático (região peninsular) como o seu local de origem, outros colocam a sua origem no nordeste da América do Sul. Registros fósseis da Nova Zelândia indicam aí a existência de pequenas plantas similares ao coqueiro de mais de 15 milhões de anos.
Fósseis ainda mais antigos foram também descobertos no Rajastão, na Índia.

Qualquer que fosse a sua origem, os cocos espalharam-se através dos trópicos, em particular ao longo da linha costeira tropical.
Como o seu fruto é pouco denso e flutua, a planta é espalhada prontamente pelas correntes marinhas que podem carregar os cocos a distâncias significativas. A palmeira do coco prospera em solos arenosos e salinos nas áreas com luz solar abundante e pancadas de chuva regular (75-100 cm anualmente), o que torna a colonização da costa relativamente fácil.

Já foram encontrados cocos transportados pelo mar tão ao norte como na Noruega em estado viável, que germinaram subseqüentemente em circunstâncias apropriadas. Entretanto, nas ilhas do Havai, o coco é considerado como introdução, trazida primeiramente às ilhas há muito tempo por viajantes polinésios de sua terra natal no Sul do Pacífico.

O fruto

Botanicamente falando, um coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz). A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião germina.

O termo "coco" foi desenvolvido pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um "coco" (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro), conforme conta o historiador João de Barros no seu livro Décadas da Ásia (1563) "[...]por razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer coisa, com que querem fazer medo às crianças, o qual nome assim lhe ficou, que ninguém lhe sabe outro, [...]." [1] . Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês "coco", ao italiano "cocco", ao alemão "Kokos" e aos compostos inglês "coconut" e alemão "Kokosnuss".
Em algumas partes do mundo, macacos treinados são usados na colheita do coco. Escolas de treinamentos para macacos ainda existem no sul da Tailândia. Todos os anos são realizadas competições para identificar o mais rápido colhedor.


Uso
Todas as partes do coco, salvo talvez as raizes, são úteis e as árvores têm comparativamente um alto rendimento (até 75 cocos por ano); ele então possui significativo valor econômico. De fato em Sânscrito o nome para o coqueiro é kalpa vriksha, o qual se traduz como "a árvore que fornece todas as necessidades da vida". Os usos das várias peças da palma incluem:

O branco, parte gorda da semente, é comestível (fresco) e usado (seco e dissecado) em culinária;

A cavidade é cheia de "água de coco" que contém os açúcares que são usados como uma bebida refrescante, e na composição da sobremesa gelatinosa nata de coco;

Leite de coco (que tem aproximadamente 17% de gordura) é feito processando o coco ralado com água quente que extrai o óleo e os compostos aromáticos;

O líquido obtido da incisão da base das inflorescências do coqueiro forma uma bebida conhecida em inglês por "toddy", nas Filipinas chamada tuba e em Moçambique, sura;

Os botões da ponta de plantas adultas são comestíveis e são conhecidos como "cabaço de coco" (embora a colheita desta mate a árvore);
O interior da ponta crescente é chamado coração-da-palma ou "palmito" e comido em saladas, chamadas às vezes "salada do milionário" (isto também mata a árvore);

Copra é a carne seca da semente, usada para preparar o óleo do coco;
O resíduo que fica depois de preparar o óleo é usado como ração para animais;
O tronco fornece madeira para construção;
As folhas fornecem materiais para cestas e palha de telhado;
A casca e a fibra do coco podem ser usados para combustível e são uma fonte boa do carvão de lenha;
Servem ainda em artesanato;

Nos teatros, usavam-se metades de casca de coco que, batidas, davam o som de cascos de cavalo;
A fibra pode ainda ser usada para o fabrico de cordas e tapetes, para enchimento de estofos e para o cultivo de orquídeas e outras plantas;
Havaianos usam o tronco ôco para dar forma a um cilindro, que pode servir como recipiente, ou mesmo canoas pequenas.
A água do coco é quase idêntica ao plasma do sangue e é conhecida por ter sido usada como um líquido endovenoso de hidratação quando há uma falta de líquido próprio para transfusão de sangue. A água do coco tem teores elevados de potássio, cloreto e cálcio, e é indicada nas situações em que se pretende o aumento destes eletrólitos.

Cultivares
Há três principais tipos de coqueiros, todas produtivas e ornamentais, mas com propósitos diferentes. 

O tipo gigante é a palmeira original, muito alta e longeva, é adequada para a produção de coco seco. 

Já a cultivar anã (Cocos nucifera "Dwarf") é mais apropriada para a exploração do coco verde. Ela não ultrapassa 3 metros, vive cerca de 20 anos, mas é muito precoce e produtiva.

O terceiro grupo inclui as plantas híbridas, resultantes do cruzamento entre anãs e gigantes, com características intermediárias.

Devem ser cultivados sob sol pleno, em solos arenosos ou areno-argilosos, profundos, férteis, irrigados a intervalos regulares. Muito adaptados à salinidade do solo, os coqueiros são palmeiras muito rústicas, de crescimento rápido, que se encaixam perfeitamente em projetos de jardins tropicais e litorâneos. Não toleram o frio ou seca. Multiplicam-se por cocos-sementes maduros (cerca de 12 meses), escolhidos de coqueiros matrizes.


Já estava encerrando esta postagem quando encontrei uma reportagem bem interessante da Revista Super, da editora Abril, que agora passo a vocês:

COCO USADO PARA DESPOLUIR A ÁGUA.
Um dos maiores inimigos ambientais das praias e parques do Brasil, o coco está prestes a se tornar um importante aliado no processo de despoluição da água. Isso porque, atentos à quantidade de cascas de coco – de difícil reciclagem! – deixadas pelos brasileiros nas areias e gramados do país, especialistas da Ufes – Universidade Federal do Espírito Santo decidiram pesquisar uma utilidade para o resíduo. E encontraram: despoluir a água.
De acordo com o estudo, coordenado pelo professor Joselito Nardy Ribeiro, o mesocarpo do coco – aquela região mais carnuda do fruto, que muitas pessoas não consomem, após tomar a água do coco – é capaz de remover da água quantidades significativas de poluentes comofármacos, pesticidas, corantes e, até, metais. E ele não é o único: o bagaço da cana, outro resíduo muito comum no país, também possui fibras capazes de exercer essa função.
Com apoio da Fapes – Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo, os pesquisadores já estão recolhendo os resíduos das praias do Estado capixaba para levá-los para laboratório, onde passam por processo de descontaminação e são triturados para atuarem como filtros, nas estações de tratamento de água.
A técnica ainda está em desenvolvimento, mas, de acordo com os pesquisadores, é bastante promissora e, inclusive, mais barata do que o atual material – o carvão ativado – utilizado no processo de filtragem da água nas estações de tratamento. Já pensou se a técnica se popularizar em todo o Brasil?
- Débora Spitzcovsky, Revista Superinteressante.

Gostei de saber de mais esta utilidade do coco. É mais uma forma de tratar naturalmente a água. Na postagem anterior falamos de outro método, lembram? Usando a semente da moringa.

Gelatina de Coco
Para encerra esta postagem, vamos passar uma receita que encontramos na net. Quando fizerem, convidem-me que irei comer com vocês.

Ingredientes:
2 folhas de gelatina vermelha
3 folhas de gelatina branca
1 lata de leite condensado
1 lata de leite
1 vidro de leite de coco (200 ml)
1/2 pacote de coco ralado

Como fazer:
  • Amoleça a gelatina em água fria, escorra e dissolva em 1 xícara de água quente
  • Bata no liquidificador o leite condensado, o leite e o leite de coco
  • Junte a gelatina fria (consistência de clara de ovo)
  • Coloque numa travessa funda molhada em água fria, e leve, coberta com filme de pva, à geladeira por, no mínimo, 12 horas
  • Na hora de servir, polvilhe com o coco ralado