Caroba-roxa - Jacaranda puberula Cham.


Nomes Populares:

Caroba, caroba-brava, caroba-da-mata, caroba-do-campo, caroba-miúda, caroba-roxa, carobão, carobinha, carova, jacarandá, jacarandá-branco

Botânica:

Nome científico: Jacaranda puberula Cham.
Família: Bignoniaceae
Tipo: Nativa, endêmica do Brasil.

Descrição:

Arvoreta de 3 m até árvores de ca. 10 m altura; ramos estriados, pubescentes, com enticelas. Folhas bipinadas, 9–15 pinas, 4–17 foliólulos por pina; raque canaliculada, 12–22,5 cm, tomentosa, pecíolos 4–7,8 cm, canaliculados, pubescentes; peciólulo 0,4–0,7 cm, canaliculado; foliólulos simétricos, 1,2–3,2 × 0,4–1,4 cm, elípticos, glabros na face adaxial e esparsamente pubescentes e com tricomas glandulares na face abaxial, ápice agudo a obtuso, base cuneada a obtusa, margem denteada. Inflorescência tirsóide terminal, eixo 9,5 cm, canaliculado, pubescente; brácteas 0,4– 0,6 × 0,1 cm; bractéolas 0,3 × 0,1 cm; pedicelo 0,2–0,3 cm. Cálice vináceo, 1,1 × 0,7 cm, cupular, tomentoso; tubo 1,9–3 cm; corola campanulada, tubo 3,9–4,9 × 1,2–1,9, tomentoso e com tricomas glandulares, lobos 3–6 × 1–3 mm; filetes 1,5–2,3 × 0,1 cm; anteras ditecas, ca. 3 mm; estaminódio 3,2 cm, glanduloso-pubescente; ovário 0,3 × 0,2 cm, glabro, estilete 2,7 cm, estigma 0,1 cm larg. Cápsula 2,8–4,9 × 1,8–3 cm, aplanado-elíptica, glabra, margem plana (PEREIRA, 2008, p. 9).

Características:


Esta espécie é muito próxima de J. caroba, sendo difícil a separação das duas espécies. A principal característica diferencial são as margens dos folíolos jovens, que em J. puberula são dentadas (SILVA, 2008, p. 15).

Floração:

Floresce de agosto a outubro, junto com o aparecimento das novas folhas. A maturação dos frutos ocorre em fevereiro e março.

Hábitat:

Espécie heliófita, higrófila, comum em capoeiras e solos pedregosos da Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista e Densa e Floresta Estacional Semidecidual.

Fitoterapia:

É utilizada na medicina popular para lavar ferimentos.

Fitoeconomia:


Possui madeira maleável, de boa qualidade para a fabricação de móveis. É utilizada como ornamental em jardins e parques, pode ser utilizada para arborização urbana, pois possui pequeno porte, não interferindo na rede elétrica. As sementes podem ser utilizadas em artesanato. Espécie importante para plantio em reflorestamentos mistos, devido ao rápido crescimento.

Fontes:


Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -

Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.

CERVI, A. C. et al. Espécies Vegetais de Um Remanescente de Floresta de Araucária (Curitiba, Brasil): Estudo preliminar I. Acta Biol. Par., Curitiba, 18(1, 2, 3, 4): 73-114. 1989. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/acta/article/view/789/631>.

FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.

LOHMANN, L.G. 2010. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB114174).

LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf>.

MANUAL TÉCNICO de Arborização Urbana. Prefeitura Municipal de São Paulo – Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. 2ª ed. 2005. 48p. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/manual_arborizacao_1253202256.pdf>.

MARQUES, T. P. Subsídios à Recuperação de Formações Florestais Ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a Partir do Uso Espécies Fontes de Produtos Florestais Não-madeiráveis. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 244p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14027/1/disserta%C3%A7%C3%A3o%20Themis%20Piazzetta%20Marques%20PDF.pdf>.

PEREIRA, H. P.; MANSANO, V. F. Estudos Taxonômicos da Tribo Tecomeae (Bignoniaceae) no Parque Nacional do Itatiaia, Brasil. Rodriguésia 59 (2): 265-289. 2008. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig59_2/001.pdf>.

PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.

SILVA, M. M.; QUEIROZ, L. P. A Família Bignoniaceae na Região de Catolés, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Sitientibus Série Ciências Biológicas 3 (1/2); 3-21. 2003. Disponível em: <http://www.uefs.br/ppgbot/publicacoes/a_familia_bignoniaceae.pdf>.

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ZUCHIWSCHI, E.; FANTINI, A. C.; ALVES, A. C.; PERONI, N. Limitações ao Uso de Espécies Florestais Nativas Pode Contribuir Com a Erosão do Conhecimento Ecológico Tradicional e Local de Agricultores Familiares. Acta bot. Bras. 24(1): 270-282. 2010. Disponível em: <http://www.botanica.org.br/acta/ojs/index.php/acta/article/view/971/298>.

Comentários

  1. Olá! Moro no Maranhão e queria muito plantar o jacarandá, mas vejo q o belo j.mimosa é subtropical. A caroba parece mais adequada. Onde encontrar sementes de caroba roxa pra comprar? obg, Kátia

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